Farol de Santa Marta | Cascais

O farol de Santa Marta localiza-se no Forte de Santa Marta, na Ponta do Salmôdo, Vila de Cascais, distrito de Lisboa.

Erige-se a 20 metros de altura, numa torre quadrangular de alvenaria branca, revestida com azulejos, com faixas horizontais azuis e lanterna vermelha.

O farol possui uma trompa nevoeiro - três segundos de som, sete segundos de silêncio e período de dez segundos.


Localização - Ponta de Salmôdo/Forte de Santa Marta/Cascais
Posição - Latitude, 38º 41,3' Norte; Longitude, 09º 25,2' Oeste
Estrutura - torre prismática quadrangular, com edifícios anexos
Sistema iluminante - óptica de cristal, omnidireccional fixa
Luz - branca/vermelha
Alcance luminoso - branca 18 milhas; vermelha 14 milhas
Altitude - 25 metros
Ano de estabelecimento - 1868

"Sabe o que é que eu fazia com este farol, antigamente?, disse eu, olhe, vou dizer-lhe, fazia uma brincadeira, vinha para este quarto e punha-me à janela, o farol tem três luzes intermitentes, uma branca, uma verde e uma encarnada, eu brincava com as luzes, tinha inventado um alfabeto luminoso e falava através do farol..."

António Tabucchi, Requiem

Farol da Barra | Aveiro




Os repetidos sinistros marítimos ocorridos nas proximidades da foz do Vouga, fizeram com que se tivesse em conta a imperiosa necessidade de iluminar aquela porção de costa. Assim, por portaria de 8 de Janeiro de 1856 foi determinado que o Director de Obras Públicas do distrito de Aveiro, tendo em consideração os pareceres do Capitão do Porto e do Director Maquinista de Faróis, escolhesse, perto da barra, um local apropriado para a edificação do farol, cujo projecto e orçamento seriam por si elaborados. Em Julho de 1858 é rejeitada a ideia de aproveitar a torre de sinais do Forte da Barra para a construção do farol, julgando-se, como adequado, um local situado a 200 metros da referida torre, quase no fim do paredão da barra.


Até 1866 nada se avançou, ano em que o inspector de faróis, Francisco Maria Pereira da Silva, defendia, como necessidade urgente, no seu plano de farolagem, a criação de um farol em Aveiro:

«Na barra de Aveiro é de urgente necessidade um pharol de grande alcance e da maior intensidade de luz, não só para esclarecer a extensa e baixa praia, que divide ao meio, com 60 milhas de litoral, em que as primeiras elevações se apresentam a uma grande distância do mar (seis a oito léguas), illudindo assim o navegador, que julga pelo aspecto d´esta porção de costa, achar-se ainda mais afastado da terra; mas também para poder atravessar uma atmosphera que se conserva sobre esta grande planície cheia de densos vapores, emanados tanto das areias humedecidas, como das marinhas de sal e das aguas que ali abundam na distancia de muitas milhas; convém que seja esta barra de Aveiro a posição escolhida para um pharol de 1ª ordem e que seja sustentado por um elevado e bem distincto edifício, para prevenir de dia os navegadores da sua aproximação. Este pharol ali collocado tambem dispensa outro, que era necessario estabelecer para indicar a entrada da barra d´aquelle porto.»

Francisco Maria Pereira da Silva

Partindo do projecto do engenheiro Paulo Benjamim Cabral, datado de 1879, a obra foi primeiramente dirigida pelo engenheiro Silvério Pereira da Silva e, mais tarde, pelo engenheiro José Maria de Mello e Matos.

O farol entrou em funcionamento em 1893, consistindo numa torre de 62 metros de altura e 66 metros de altitude. Foi equipado com um aparelho óptico de 1.ª ordem (920 mm distância focal) com 4 painéis e, como fonte luminosa, a incandescência pelo vapor de petróleo. A fonte luminosa de reserva era um candeeiro de nível constante, sendo a rotação que lhe definia a característica, produzida por uma máquina de relojoaria.

No mesmo ano entrou também em funcionamento um sinal sonoro, constituído por uma trompa Holmes, funcionando a ar comprimido e instalada no molhe. Em 1898 o sinal sonoro foi transferido para um alojamento construído em frente do farol, procedendo-se à sua cobertura em 1902, protegendo-o assim das chuvas.

Em 1908 a máquina do sinal sonoro foi substituída por duas máquinas a vapor verticais, ficando assim uma máquina de reserva.

Foi construído em 1932 um esporão para defesa das infra-estruturas do farol. O alojamento do sinal sonoro foi derrubado pelo mar em 1935, sendo instalado o sinal sonoro em cima do edifício do farol.

No ano de 1936 o farol foi electrificado através da montagem de grupos electrogéneos.

Em 1947 o aparelho óptico foi substituído por outro de 3.ª ordem, pequeno modelo (375 mm distância focal), dotado de painéis aeromarítimos. A fonte luminosa passou a ser uma lâmpada de filamento trifásico, ficando como reserva a incandescência pelo vapor de petróleo.

Em 1948, foi instalado um rádiofarol.

Em 1950 passou a estar ligado à rede pública de distribuição de energia, sendo instalada uma lâmpada de 3000W.

Para acesso à torre foi montado um elevador em 1958. A potência da fonte luminosa, nesta altura, foi reduzida, instalando-se então uma lâmpada de 1000W.

Em 1990 foi automatizado, funcionando agora com menos intervenção humana, mas de igual forma imponente, ou não fosse ele o mais alto farol do país e um dos maiores da Europa, na sua dupla função de assinalamento costeiro e de aproximação à barra e porto da cidade de Aveiro.

Localização - Barra/Aveiro (a Sul da foz do rio Vouga)
Posição - Latitude, 40º 38.5' Norte; Longitude, 08º 44.8' Oeste
Estrutura - torre cilíndrica pintada com faixas horizontais vermelhas e edifício anexo
Altura da torre - 62 metros
Altitude - 66 metros
Luz - branca (FI (4) W 13 s)
Alcance - 23 Milhas marítimas (42.6006 km)
Sistema iluminante - óptica de cristal 3.ª ordem, direccional fixa.
Ano de estabelecimento - 1893

Farol do Cabo Carvoeiro

O Farol do Cabo Carvoeiro foi erigido no 2.º ponto mais ocidental da Europa continental, seguidamente ao Cabo da Roca, no extremo da península de Peniche, Distrito de Leiria. A área do Cabo Carvoeiro proporciona uma singular paisagem de falésias calcárias extremamente erodidas e lapiazadas, de onde se pode apreciar a cénica silhueta do arquipélago das Berlengas e o rochedo ortostático conhecido por “Nau dos Corvos”.

A Nau dos Corvos com as Berlengas à vista e as paisagens do Cabo Carvoeiro

O farol apresenta uma torre quadrangular de alvenaria branca, com edifícios anexos e uma lanterna e varandim de serviço, vermelhos. Integra um grupo de seis faróis mandados edificar pelo Alvará Pombalino de 1 de Fevereiro de 1758, que instituiu o Serviço de Faróis em Portugal. Entrou em funcionamento em 1790, sendo um dos mais antigos da costa portuguesa.

Implanta-se a uma altitude de 57 metros acima do nível do mar, e tem uma altura de 27 metros. A sua luz branca tem um alcance de, aproximadamente, 15 milhas náuticas. Em 1988 foi automatizado. No mesmo local, encontra-se em funcionamento, desde 9 de Dezembro de 2002, a estação DGPS (Differential Global Positioning System) do Carvoeiro, na frequência de 311.5 kHz.

Localização - Cabo Carvoeiro/Peniche

Posição - Latitude, 39º 21,5' Norte; Longitude, 009º 24,4' Oeste

Estrutura - Torre prismática, quadrangular, de alvenaria branca

Altura da torre - 27 metros

Sistema iluminante - pedestal rotativo com tambor de ópticas seladas integrando uma lente Fresnel de 3.ª ordem

Luz - branca (Rl(3) Vm 15s)

Alcance luminoso - 15 milhas

Altitude - 57 metros

Ano de estabelecimento - 1790

Navegando para as Berlengas - galeão do Sal "Zé Mário" (Sado/Setúbal)
Setúbal/Peniche/Berlengas
13-17 de Junho de 2001


Lights out for lighthouses?

Story highlights:

· Modern technology has all but made redundant the use of traditional lighthouses at sea

· In tough economic times, government funding is under pressure

· Many lighthouses are devising novel ways to stay operational

For centuries lighthouses have shone a friendly beam for sailors, fishermen and ferry passengers alike, steadily providing safe passage ashore and capturing a special place in the public imagination.

However, with the advent of sophisticated and increasingly cheap Global Positioning Systems (GPS), a question mark now looms over the future of these iconic coastal beacons.

"These are worrying times for lighthouses," said Jeremy D'Entremont, president of the American Lighthouse Foundation. "Everyone loves them, but as far as the government is concerned, they're not exactly a spending priority."

According to D'Entremont, although about 75% of lighthouses are still operating as "navigational aids" in the United States, federal funding is now almost exclusively limited to the mechanical maintenance of the lights.

"This leaves little or nothing for upkeep of the buildings themselves," he said. Without the support of local groups or the backing of a private buyer, he added, many lighthouses are "just left to rot."

The ardent pharologist, who until recently was responsible for compiling an ongoing database of lighthouses worldwide, estimates there are a total of 10,000 to 12,000 in existence.

But nearly all of them face the same problem. "Since the global financial crisis, it's obvious that there's less and less money for the preservation of historic buildings," he said.

Peter Williams is the treasurer of the World Lighthouse Society. "Long gone are the days of the diligent lighthouse keeper, tending personally to the light and keeping the tower in order," he said.

In Britain, an island whose coastline is peppered with hundreds of lighthouses, the last keeper retired in 1998. Now, according to Williams, all British lighthouses are fully automated and monitored from a few central offices. "They even have self-changing bulbs," he said.

But both Williams and D'Entremont concede that it is difficult to justify ongoing investment in lighthouses, now that their once vital function at sea is being rapidly replaced by new technology.

That may be the case, but lighthouses still "have enormous cultural and historical value," argues Gary Sredzienski, a musician from New Hampshire who aims to swim four miles in freezing water this month to raise money for his two local lighthouses.

"They are incredible feats of engineering, as well as objects of enduring beauty that connect us to our past -- especially for someone like me who comes from a fishing community," he added.

However, the future isn't all bleak. Many lighthouses have become financially self sufficient by transforming themselves into a everything from quirky hotels to final resting places.

"There are some really great lighthouses that have been turned into internationally acclaimed museums, such as the Kinnaird Head in Scotland," Williams said.

Many hundreds more have been converted into unconventional bed and breakfasts. "I would personally recommend a trip to the West Usk Lighthouse B&B in Wales -- they have a hot tub on the roof," he said.

Across the pond in California, D'Entremont points out that the 19th century Farallon Island Light has been transformed into a wildlife observatory, while in Malta, the once decaying Gordon Lighthouse has been revamped into an atmospheric research station.

A few proprietors have gone even further leftfield. The Tillamook Rock Lighthouse in Oregon has been converted into an offshore columbarium, where cremated ashes can be stored.

But is tourism a positive direction for these historic structures to head in? "I'm all for the repurposing of lighthouses," said Williams. "Just as long as the buildings are well preserved."

D'Entremont agrees, but remains concerned about the future of the many "submerged" lighthouses -- those perched on a rock or reef out in the middle of the sea -- that have no easy means of being converted into attractions.

"At my local lighthouse in Portsmouth Harbor (New Hampshire), we regularly fund raise by giving 'haunted tours' and having ghost hunts around the building, for instance. But with offshore lights, you can't do that," he said.

Ironically, it's those lighthouses built out at sea that often reflect the greater historical merit -- due to the extraordinary engineering skills required to build them.

"Look at somewhere like Minot's Ledge Light in Boston," said D'Entremont. "It was built in the mid-19th century a mile out to sea with only a few hours of construction time a day during low tide."

The lighthouse is still standing today despite being pelted constantly with 100-foot waves. It's unlikely, however, to be converted into a gift shop any time soon.

By George Webster for CNN

Farol do Outão | Sado | Setúbal



Farol português localizado no Forte de Santiago do Outão, na margem direita da foz do rio Sado, em Setúbal.

Trata-se de uma torre hexagonal erigida no cimo do velho forte, com uma lanterna vermelha e duplo varandim. Parte da torre encontra-se pintada de branco, com a parte superior em pedra.

Localização - Forte de Santiago do Outão/margem direita do Sado/Setúbal

Posição - Latitude, 38º 29,2' Norte; Longitude, 008º 56' Oeste

Estrutura - Torre prismática hexagonal

Altura da torre - 11 metros

Sistema iluminante - óptica em cristal, omnidireccional fixa

Luz - vermelha, quatro segundos ligada e dois segundos desligada.Alcance luminoso - 12 milhas

Altitude - 34 metros

Ano de estabelecimento - 1775

“Nos varandins do farol levanto os braços: domino a torre e o mar, topeto quase os despenhadeiros do farol velho, e as gaivotas crucitam, saveiros à pesca, Tróia fronteira, o mar sem fim, azul no rio, e lá nos confins do céu crispando brasa (...).”

Fialho de Almeida

Farol de Pharos | Alexandria

Sintoma da dependência do comércio marítimo, os povos da antiguidade empenharam-se na construção de portos favoráveis à manobra e abrigo dos grandes navios e respectivas cargas, além de desenvolverem outras estruturas de apoio permanente à navegação. Com a intensificação das rotas comerciais marítimas, as tradicionais técnicas de orientação tornaram-se insuficientes. À orientação celeste, por sinais de fogo e fumo, pelo avistamento de aves (documentada, nomeadamente, no poema Utnapishtim de Gilgamesh, e no dilúvio bíblico) e pelas naturais referências físicas da costa, o engenho humano acrescentou os “ciclopes de luz” - os faróis.

O farol de Pharos, guardião da ilha que lhe deu nome, à entrada do porto de Alexandria (Egipto), não terá sido, certamente, o primeiro a ser erigido pelos povos da antiguidade, embora não sejam conhecidas seguras referências a outros faróis mais antigos. Reconhecido como uma das 7 maravilhas da Antiguidade, por Antípatro de Sídon (200 a.C.), a importância do farol de Pharos foi tal que este tipo de estruturas acaba por adoptar o seu nome: Pharos - farol.

O farol de Pharos foi desenhado e construído entre 290 a.C. e 270 a.C., pelo arquitecto e engenheiro grego Sóstrato de Cnido, por ordem de Petolomeu Soter. Com um aparelho pétreo de granito, foi edificado à entrada de um dos mais importantes portos do Mediterrâneo, impondo-se no horizonte com uma altura superior a 100 metros, o que permitia ser visível a 50 km de distância. Os seus três andares eram coroados por uma estátua, provavelmente de Poseidon. Durante a noite, uma chama no topo tornava-o facilmente identificável, provavelmente intensificada pelo recurso a espelhos, que durante o dia reflectiriam a luz do sol.

A sua monumentalidade resistiu até ao século XIV, testemunhando 22 históricos terramotos. Entre 1303 e 1323, uma sequência de terramotos e deslizamentos de terra destruíram boa parte de Alexandria, apagando o brilho da “Cidade dos Mil Palácios”, bem como do seu lendário farol. Em 1994 foram identificados, finalmente, os primeiros vestígios do farol de Pharos, na sequência de trabalhos de arqueologia subaquática.

Em Portugal, mais precisamente em Alcabideche/Cascais, admite-se a existência de uma destas antigas estruturas de sinalética náutica. Trata-se do sítio arqueológico do Espigão das Ruivas (Idade do Ferro/período Romano), inicialmente interpretado como um lugar sagrado de culto ao sol e à lua, por ter registado vestígios de uma antiga estrutura pétrea, conservando uma gravura representando um touro. Contudo, tendo em conta a proximidade a um lugar com o topónimo de “Porto Touro”, a reduzida dimensão da sua planta circular e os restos de carvões aí verificados, não será de excluir a hipótese de se tratar de um antigo farol de apoio à navegação de entrada no referido porto de abrigo (Ana Margarida Arruda, 1999/2000). O sítio registou a ocorrência de cerâmica diversa, nomeadamente sigillata, uma argola de bronze e um anel, além de uma sepultura violada de tipo "cista".

Ricardo Soares (2008), Tartessos, um povo do mar. Génese da navegação, técnicas de construção e embarcações mediterrâneas pré-romanas.

Nota - as imagens do farol de Pharos não são da minha autoria. Infelizmente ainda não tive oportunidade de fotografar este farol!!!

Farol do Cabo Espichel | Sesimbra







O farol do Cabo Espichel é um dos mais antigos de Portugal, tendo sido construído em 1790. Foi, entretanto, registando oportunas remodelações, em 1817, 1846 e 1848. Em 1900 o corpo do edifício anexo à torre foi ampliado. Originalmente iluminado por 17 candeeiros de azeite, possibilitando um alcance de cerca de 13 milhas marítimas, foi em 1886 evoluído para uma iluminação de incandescência de vapor de petróleo, sendo electrificado em 1926. A partir de 1925 o sinal sonoro passou a ser emitido por uma sereia de ar comprimido. Em 1948 foi equipado com um sistema de radiofarol, entretanto substituído, em 1981, por um equipamento mais moderno de construção nacional. Só em 1980 o faro foi ligado à rede de distribuição pública de energia eléctrica. A sua guarnição é constituída por 4 faroleiros.

O farol do Cabo Espichel situa-se a uma altitude de 168 m, tendo uma altura edificada de 32 m. A sua luz tem um alcance de aproximadamente 48 Km.

Localização - Cabo Espichel, Outeiro da Azoia, Sesimbra.
Posição - Latitude, 38º 24,8' Norte; Longitude, 09º 12,9' Oeste
Estrutura - Torre hexagonal em alvenaria branca, com edifício anexo
Altura da torre - 32 metros
Sistema iluminante - óptica em cristal, direccional rotativa
Luz - branca
Altitude - 168 metros
Ano de estabelecimento - 1790

"O farol lá estava, grande, sólido, bonito mesmo! Ficava no meio de um terreiro, que tinha um muro de pedra em volta e um portão de ferro (...). O Faroleiro também era bastante diferente do que tinham imaginado. Era um homem ainda novo, não muito alto, nem muito baixo. Tinha duas rugas fundas junto dos olhos, duas rugas que pareciam dois riscos na pele queimada pelo sol (...). Vestia um fato-macaco de ganga azul e parecia contente de os ver ali."

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Uma Aventura na Falésia



Farol da Ponta do Altar | Lagoa




Localiza-se no promontório da Ponta do Altar, a nascente da boca do porto de Portimão, a cerca de 7 km a Sul-Sueste da cidade, na freguesia de Ferragudo, Concelho de Lagoa, Algarve, Portugal.


Apresenta-se com uma torre quadrangular branca, na fachada sul da habitação, com cunhais em granito.


O edifício é composto por uma casa branca de faroleiros, elevando-se, na sua fachada Sul, uma discreta torre quadrangular, com 2,7 m de lado, sobre a qual se instala uma lanterna vermelha circular, coroada por um cata-vento e pára-raios.

Em 2008 foi instalado um sistema de controlo de tráfego marítimo (VTS), junto do farol da Ponta do Altar, materializado numa grande torre de betão. Trata-se de um sistema essencial para diminuir o risco de naufrágios, estimando-se que reduza em 65% a probalidade de acidentes náuticos. O VTS assegura o controlo de todo o tráfego marítimo até 50 milhas náuticas da costa, tendo como principais objectivos melhorar a segurança e a gestão do tráfego marítimo, além de preservar o património ambiental.


Localização - Ponta do Altar/Ferragudo/Lagoa
Coordenadas - Latitude, 37º 06' 03'' Norte; Longitude, 05º 42' 8'' Oeste
Altura da torre - 10 m
Altitude - 32 m
Sistema iluminante - óptica fixa
Luz - vermelha FI R 5s
Alcance - 14 milhas
Ano de estabelecimento - 1893

"Tudo emudeceu como num conto de fadas. Pouquíssimas estrelas no céu, e essas mesmas bêbadas de luar. A vila amortalhada em branco e neve. O farol da canhoneira reflecte-se na água em profundíssima língua de fogo; (...) e o farol da barra quase se apaga no horizonte, mas cintila na água como diamante. Não iria desaparecer subitamente aquele cenário de lenda fantástica? (...) O farol da Ponta do Altar, com o brilho insistente e límpido de um astro, estrelava-se no mar negro e quieto."

Teixeira-Gomes, Regressos